Seus olhos buscam estrelas em outros céus. Sem voz para chamar. Sem jeito de sorrir. Você roubou o brilho que eu tinha. Cobriu-me de sombras. Com este gosto acerbo na boca, asco na alma, pele crestada. Só me restam lágrimas. Sem a esperança alvissareira nem posso respirar.
Tenho medo dos homens, das mulheres de Jawlensky. Eles têm olhos profundos de grandes segredos. Nem sei! Só sei que tenho medo de tanto vermelho-sangue escorrendo das telas.
PICASSO tinha a triste mania de espicaçar as mulheres. Enjoando-se delas, tirava tudo do lugar. Desconjuntou o sexo, trocou ancas, confundiu os seios e assim desconjuntadas nem se comoveu. Deixou-as ao léu e mais belas à posteridade.
As coisas desimportantes que Manoel de Barros diz para nos enganar são estonteantes e maravilhosas mentiras, só servem para dizer que a 15 metros do Arco Iris o sol é cheiroso.
Conheço uma alameda de Van Gogh, lindamente triste. Foi tanto sol que nem o pintor suportou, então, salpicou-a de sombras. Uma mulher caminhava na pequewna estrada, eu vi e Leminski também a viu e disse que a moça usava folhas de outono feito sandálias.
Vejo-me acariciando lençóis de seda em quarto vago. Mais do que sonho, utopia. Camuflei a saudade, roupagem nova, passe livre à fantasia. A mocidade findou, a beleza feneceu, perdi a carruagem. Andarilha nunca fui, tampouco fiz berganha com transeuntes. O homem que escolhi para meu gosto e gozo em mim persiste. Verguei-me a voragem da vida e perdida, hoje sou triste.
Por que palavras maldosas? O que fazer do nosso jardim, nossas rosas. Estou sozinha neste instante e tenho ciumes de você. Preciso que fique sabendo, estou chorando. Você me conheceu, sempre fui tempestuosa, briguei por nada e você sabe o porquê! Neste inverno que chove tanto comenga com o meu pensamento. Deixa acariciar seus cabelos, quero sentir o calor do seu corpo, quero permanecer ao seu redor. Estou com tanta saudade meu amor. Ah!Como eu gosto de você.
Dentro do inverno volumosos cobertores abafam gemidos. Leve arrulho fulgura no espaço das estrelas. Amealhados no escuro amantes habitam jardins imaginários. Amar é preciso. Deitam banhados e nus livres das asperezas do absurdo.
Embriago-me, Stephane, quando te vejo sorrindo chegar sob uma alameda de flores orvalhadas. O dia, para mim, se fará lindo! Em tuas mãos mal fechadas brilham elos de alianças douradas, compromisso ao anlace prometido. Apaixonada me adorno com tiara de cristal. De estrelas perfumadas será feita a veste nupcial. Certamente algum deus ouviu minhas preces. Vou ao encontro do abraço pois serei tua eternamente. E ao despertar desse sonho inacabado custo a entender o porquê dessa aparição que amiúde me procura. Adoça o coração, depois esmorece. O luar compadecido desce estende rendas sobre minha solidão. E teu volto tão amado entre brumas desaparece. .,.,..,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.
Reportando-me a Stephane Mallarmé - poeta francês. 1842-1898
Embriago-me, Stephane, quando te vejo sorrindo chegar sob uma alameda de flores orvalhadas. O dia, para mim, se fará lindo! Em tuas mãos mal fechadas brilham elos de alianças douradas, compromisso ao anlace prometido. Apaixonada me adorno com tiara de cristal. De estrelas perfumadas será feita a veste nupcial. Certamente algum deus ouviu minhas preces. Vou ao encontro do abraço pois serei tua eternamente. E ao despertar desse sonho inacabado custo a entender o porquê dessa aparição que amiúde me procura. Adoça o coração, depois esmorece. O luar compadecido desce estende rendas sobre minha solidão. E teu volto tão amado entre brumas desaparece. .,.,..,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.
Reportando-me a Stephane Mallarmé - poeta francês. 1842-1898
Adão sem Eva; Tristão sem Isolda; Orfeu sem Eurídice; Ulísses sem Penélope; Romeu sem Julieta; Abelardo sem Heloíse; Bentinho sem Capitu; O Lobo Mau sem a Chapeuzinho Vermelho
Ontem valsamos lascivos em salões de rosa-marfim. Macios nossos beijos e, sei, morrias de amores por mim. Inocentes brincávamos, felizes, contentes, corríamos e colhíamos com mãos de cetim macelo do campo. Tínhamos na pele louçã o perfume das rosas, bafejos puros, sopros de jasmim. O sorriso era liso em lábios cantantes. A vida era solta, sem idas e voltas pois cativos estávamos em casta preciosa. De miosótis e orvalho formamos um buquê para o enlace amante. Sem medo e sem pejo desconhecíamos intrigas, tampouco o feitiço dopecado carmim. Sobre nossa casa tão casta infiltrou-se a maldade e a dor do amor ceifou nosso sonho. Chegamos ao fim. Então tu fugiste sem pena de mim.
Um eco ressoou aos seus ouvidos. O dia surgia num jeito de espargir a brisa no chão fértil da primavera. O coração visejou, aguçava os sentidos e celebrou o canto nas notas musicais do amor. Sobre a terra flores perfumosas nasceram. Completava-se o ciclo no rastro do sabor dos frutos amadurecidos. Ela estava pronta! E os astros, arautos da felicidade, festejaram o encontro.
Precisas purificar a boca para resgatar tua inocência. Antes da palavra veste a roupagem da corola fresca sobre teus seior alvos e, nesse enleio, coloca sobre os cabelos uma tiara de espumas marinhas. Nas mãos um punhado de estrelas, nos lábios o sabor dos frutos da vinha e dos figos sumarentos derramados de mel. Sob a árvore escolhida ramalha-te lasciva e permita rescender de ti o perfume suave do lilás. Se tiveres vontade rabisca um poema em papel de seda, assim entenderás, dos golfinhos, a linguagem. Envolve-te na ramagem, contorno do corpo. Acende sem pejo o desejo do amor, aliás, aquele que te faz casta e deixa-te fertilizar.
BOAS FESTAS Que o seu claro horizonte Jamais se torne ilusão, A amizade se faça, Sendo amorável o beijo, De irmão para irmão. O abraço ocorra sincero, Forte, vibrante, audaz! E Cristo transforme-se em " Presente" Agora e no futuro, Com muita força de luz E outro tanto de Paz!
São os votos da sempre amiga Ivanise Mantovani Boas Festas 2013/2014
Sempre à mesma hora andorinhas recortando os ares se recolhem e entristecem meu entardecer. Nesgas de azul-róseo colorem um céu em despedida. São ares de primavera! Aguardo o perfume da noite. Cerro os olhos para deslizar na saudade de pristinas eras. Quero encontrar a mesma canoa às margens do rio onde chorões de ramos vadios se deitam sobre águas serenas. Abandono ali meu chapéu de palha! Deito na grama forrada de trevos, açulo o delta onde brotam os desejos do corpo. Espero aquele homem incomum que inventei só para mim. Ele me faz uma seresta dedilhando seu bandolim. De um Delfim experimento as carícias. Quero aproximação,em vão! Ele é utopia. Eu, quimera. Estamos separamos por um muro entrelaçado de heras, enigma inda não decifrado neste meu solitário festim.
Hoje abandono meus guardados sob a leve poeira de gavetas desfalecidas. Vermes devoram ali, poemas desgarrados. Penso em partir! Logo estou atravessando a Ponte dos Suspiros. Proposital é minha cegueira, tapam meus olhos. Não posso me ver sofrendo e pelo amor desamada. Com o pó das estrelas sufoco ouvidos, Não posso ouvir o macio arrulhar dos beijos negados aos lábios meus. Vedo a boca porque não quero sentir o sabor agridoce de gemidos ateus. Aspiro o perfume que há no ventre do luar. Sempre acirro temporais dentro de mim e provoco no meu corpo, tremores. Perco-me vácuo dessa aluvião e triste espero... Qual de nós dois revelará? Diz-tu-direi-eu?
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ResponderExcluirOUTRO CÉU
ResponderExcluirSeus olhos buscam estrelas
em outros céus.
Sem voz para chamar.
Sem jeito de sorrir.
Você roubou o brilho que eu tinha.
Cobriu-me de sombras.
Com este gosto acerbo na boca,
asco na alma,
pele crestada.
Só me restam lágrimas.
Sem a esperança alvissareira
nem posso respirar.
Tenho medo dos homens, das mulheres de Jawlensky. Eles têm olhos profundos de grandes segredos. Nem sei! Só sei que tenho medo de tanto vermelho-sangue escorrendo das telas.
ResponderExcluirPICASSO tinha a triste mania de espicaçar as mulheres. Enjoando-se delas, tirava tudo do lugar. Desconjuntou o sexo, trocou ancas, confundiu os seios e assim desconjuntadas nem se comoveu. Deixou-as ao léu e mais belas à posteridade.
ResponderExcluirMATISSE compôs, na tela, o Bolero que dizem ser de Ravel. Cegou suas mulheres por quê?
ResponderExcluirAs coisas desimportantes que Manoel de Barros diz para nos enganar são estonteantes e maravilhosas mentiras, só servem para dizer que a 15 metros do Arco Iris o sol é cheiroso.
ResponderExcluirConheço uma alameda de Van Gogh, lindamente triste. Foi tanto sol que nem o pintor suportou, então, salpicou-a de sombras. Uma mulher caminhava na pequewna estrada, eu vi e Leminski também a viu e disse que a moça usava folhas de outono feito sandálias.
ResponderExcluirOs meninos de Portinari são dignos de pena, tão esquálidos, canelas finas, pés descomuniais mas, mesmo assim, tocam com esmero, flautas e clarinetes.
ResponderExcluirVejo-me acariciando
ResponderExcluirlençóis de seda em quarto vago.
Mais do que sonho, utopia.
Camuflei a saudade,
roupagem nova,
passe livre à fantasia.
A mocidade findou,
a beleza feneceu,
perdi a carruagem.
Andarilha nunca fui,
tampouco fiz berganha
com transeuntes.
O homem que escolhi
para meu gosto e gozo
em mim persiste.
Verguei-me a voragem da vida
e perdida,
hoje sou triste.
DISTÂNCIAS
ResponderExcluirPor que palavras maldosas?
O que fazer do nosso jardim,
nossas rosas.
Estou sozinha neste instante
e tenho ciumes de você.
Preciso que fique sabendo,
estou chorando.
Você me conheceu,
sempre fui tempestuosa,
briguei por nada e você sabe o porquê!
Neste inverno que chove tanto
comenga com o meu pensamento.
Deixa acariciar seus cabelos,
quero sentir o calor do seu corpo,
quero permanecer ao seu redor.
Estou com tanta saudade meu amor.
Ah!Como eu gosto de você.
AMO
ResponderExcluirAmo teu olhar
teu trato
teu halo.
Amo teu ser.
Repito, amo.
Teu tato
teu cheiro e
esse teu jeito
passioneiro
de me querer.
No ato
te amo inteiro.
COBERTORES
ResponderExcluirDentro do inverno
volumosos cobertores
abafam gemidos.
Leve arrulho fulgura
no espaço das estrelas.
Amealhados no escuro
amantes habitam
jardins imaginários.
Amar é preciso.
Deitam banhados e nus
livres das asperezas
do absurdo.
APARIÇÃO
ResponderExcluirEmbriago-me, Stephane, quando te vejo
sorrindo chegar sob uma alameda
de flores orvalhadas.
O dia, para mim, se fará lindo!
Em tuas mãos mal fechadas
brilham elos de alianças douradas,
compromisso ao anlace prometido.
Apaixonada me adorno com tiara de cristal.
De estrelas perfumadas será feita
a veste nupcial.
Certamente algum deus
ouviu minhas preces.
Vou ao encontro do abraço
pois serei tua eternamente.
E ao despertar desse sonho inacabado
custo a entender o porquê
dessa aparição que amiúde me procura.
Adoça o coração, depois esmorece.
O luar compadecido desce
estende rendas sobre minha solidão.
E teu volto tão amado
entre brumas desaparece.
.,.,..,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.
Reportando-me a Stephane Mallarmé - poeta francês. 1842-1898
APARIÇÃO
ResponderExcluirEmbriago-me, Stephane, quando te vejo
sorrindo chegar sob uma alameda
de flores orvalhadas.
O dia, para mim, se fará lindo!
Em tuas mãos mal fechadas
brilham elos de alianças douradas,
compromisso ao anlace prometido.
Apaixonada me adorno com tiara de cristal.
De estrelas perfumadas será feita
a veste nupcial.
Certamente algum deus
ouviu minhas preces.
Vou ao encontro do abraço
pois serei tua eternamente.
E ao despertar desse sonho inacabado
custo a entender o porquê
dessa aparição que amiúde me procura.
Adoça o coração, depois esmorece.
O luar compadecido desce
estende rendas sobre minha solidão.
E teu volto tão amado
entre brumas desaparece.
.,.,..,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.
Reportando-me a Stephane Mallarmé - poeta francês. 1842-1898
AMOR
ResponderExcluirEncontros e Dsencontros
O que seria de:
Adão sem Eva; Tristão sem Isolda; Orfeu sem Eurídice;
Ulísses sem Penélope; Romeu sem Julieta;
Abelardo sem Heloíse; Bentinho sem Capitu;
O Lobo Mau sem a Chapeuzinho Vermelho
E eu sem você?
VALSA PARA CASEMIRO
ResponderExcluirOntem valsamos lascivos
em salões de rosa-marfim.
Macios nossos beijos e, sei,
morrias de amores por mim.
Inocentes brincávamos,
felizes, contentes,
corríamos e colhíamos
com mãos de cetim
macelo do campo.
Tínhamos na pele louçã
o perfume das rosas,
bafejos puros,
sopros de jasmim.
O sorriso era liso
em lábios cantantes.
A vida era solta,
sem idas e voltas
pois cativos estávamos
em casta preciosa.
De miosótis e orvalho
formamos um buquê
para o enlace amante.
Sem medo e sem pejo
desconhecíamos intrigas,
tampouco o feitiço
dopecado carmim.
Sobre nossa casa tão casta
infiltrou-se a maldade
e a dor do amor
ceifou nosso sonho.
Chegamos ao fim.
Então tu fugiste
sem pena de mim.
ENCONTRO
ResponderExcluirUm eco ressoou aos seus ouvidos.
O dia surgia
num jeito de espargir a brisa
no chão fértil da primavera.
O coração visejou,
aguçava os sentidos
e celebrou o canto
nas notas musicais do amor.
Sobre a terra
flores perfumosas nasceram.
Completava-se o ciclo
no rastro do sabor
dos frutos amadurecidos.
Ela estava pronta!
E os astros, arautos da felicidade,
festejaram o encontro.
FIGOS SUMARENTOS
ResponderExcluirPrecisas purificar a boca
para resgatar tua inocência.
Antes da palavra
veste a roupagem da corola fresca
sobre teus seior alvos
e, nesse enleio, coloca
sobre os cabelos
uma tiara de espumas marinhas.
Nas mãos um punhado de estrelas,
nos lábios o sabor dos frutos da vinha
e dos figos sumarentos
derramados de mel.
Sob a árvore escolhida
ramalha-te lasciva
e permita rescender de ti
o perfume suave do lilás.
Se tiveres vontade
rabisca um poema
em papel de seda,
assim entenderás,
dos golfinhos, a linguagem.
Envolve-te na ramagem,
contorno do corpo.
Acende sem pejo
o desejo do amor, aliás,
aquele que te faz casta
e deixa-te fertilizar.
BOAS FESTAS
ResponderExcluirQue o seu claro horizonte
Jamais se torne ilusão,
A amizade se faça,
Sendo amorável o beijo,
De irmão para irmão.
O abraço ocorra sincero,
Forte, vibrante, audaz!
E Cristo transforme-se em
" Presente"
Agora e no futuro,
Com muita força de luz
E outro tanto de Paz!
São os votos da sempre amiga
Ivanise Mantovani
Boas Festas 2013/2014
De Ivanise para amigos
ExcluirO MURO
ResponderExcluirSempre à mesma hora
andorinhas recortando os ares se recolhem
e entristecem meu entardecer.
Nesgas de azul-róseo colorem
um céu em despedida.
São ares de primavera!
Aguardo o perfume da noite.
Cerro os olhos para deslizar na saudade
de pristinas eras.
Quero encontrar a mesma canoa
às margens do rio onde chorões
de ramos vadios se deitam sobre águas serenas.
Abandono ali meu chapéu de palha!
Deito na grama forrada de trevos,
açulo o delta
onde brotam os desejos do corpo.
Espero aquele homem incomum
que inventei só para mim.
Ele me faz uma seresta
dedilhando seu bandolim.
De um Delfim experimento as carícias.
Quero aproximação,em vão!
Ele é utopia.
Eu, quimera.
Estamos separamos por um muro
entrelaçado de heras,
enigma inda não decifrado
neste meu solitário festim.
Jan.2017 - im.
AMOR SECRETO
ResponderExcluirMe pensa bonita
Igual a uma rosa
Que eu carinhosa
Te festejarei.
Serei delicada
Também amorosa
Sem ser teu entrave
Só tua serei.
Secreta e silente
Lirismo e enleio
Com todo o anseio
Eu te amarei.
im. 2018
EU
ResponderExcluirHoje abandono meus guardados
sob a leve poeira de gavetas desfalecidas.
Vermes devoram ali, poemas desgarrados.
Penso em partir!
Logo estou atravessando a Ponte dos Suspiros.
Proposital é minha cegueira, tapam meus olhos.
Não posso me ver sofrendo e pelo amor desamada.
Com o pó das estrelas sufoco ouvidos,
Não posso ouvir o macio arrulhar
dos beijos negados aos lábios meus.
Vedo a boca porque não quero sentir
o sabor agridoce de gemidos ateus.
Aspiro o perfume que há no ventre do luar.
Sempre acirro temporais dentro de mim
e provoco no meu corpo, tremores.
Perco-me vácuo dessa aluvião e triste espero...
Qual de nós dois revelará?
Diz-tu-direi-eu?
Out.2019 - im.