sábado, 21 de abril de 2012

iviM853: iviM1935: INVISÍVEIS

iviM853: iviM1935: INVISÍVEIS: iviM1935: INVISÍVEIS : "Morro de medo dos ácaros que moram nos lençóis da minha solidão."

23 comentários:

  1. OUTRO CÉU

    Seus olhos buscam estrelas
    em outros céus.
    Sem voz para chamar.
    Sem jeito de sorrir.
    Você roubou o brilho que eu tinha.
    Cobriu-me de sombras.
    Com este gosto acerbo na boca,
    asco na alma,
    pele crestada.
    Só me restam lágrimas.
    Sem a esperança alvissareira
    nem posso respirar.

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  2. Tenho medo dos homens, das mulheres de Jawlensky. Eles têm olhos profundos de grandes segredos. Nem sei! Só sei que tenho medo de tanto vermelho-sangue escorrendo das telas.

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  3. PICASSO tinha a triste mania de espicaçar as mulheres. Enjoando-se delas, tirava tudo do lugar. Desconjuntou o sexo, trocou ancas, confundiu os seios e assim desconjuntadas nem se comoveu. Deixou-as ao léu e mais belas à posteridade.

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  4. MATISSE compôs, na tela, o Bolero que dizem ser de Ravel. Cegou suas mulheres por quê?

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  5. As coisas desimportantes que Manoel de Barros diz para nos enganar são estonteantes e maravilhosas mentiras, só servem para dizer que a 15 metros do Arco Iris o sol é cheiroso.

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  6. Conheço uma alameda de Van Gogh, lindamente triste. Foi tanto sol que nem o pintor suportou, então, salpicou-a de sombras. Uma mulher caminhava na pequewna estrada, eu vi e Leminski também a viu e disse que a moça usava folhas de outono feito sandálias.

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  7. Os meninos de Portinari são dignos de pena, tão esquálidos, canelas finas, pés descomuniais mas, mesmo assim, tocam com esmero, flautas e clarinetes.

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  8. Vejo-me acariciando
    lençóis de seda em quarto vago.
    Mais do que sonho, utopia.
    Camuflei a saudade,
    roupagem nova,
    passe livre à fantasia.
    A mocidade findou,
    a beleza feneceu,
    perdi a carruagem.
    Andarilha nunca fui,
    tampouco fiz berganha
    com transeuntes.
    O homem que escolhi
    para meu gosto e gozo
    em mim persiste.
    Verguei-me a voragem da vida
    e perdida,
    hoje sou triste.

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  9. DISTÂNCIAS

    Por que palavras maldosas?
    O que fazer do nosso jardim,
    nossas rosas.
    Estou sozinha neste instante
    e tenho ciumes de você.
    Preciso que fique sabendo,
    estou chorando.
    Você me conheceu,
    sempre fui tempestuosa,
    briguei por nada e você sabe o porquê!
    Neste inverno que chove tanto
    comenga com o meu pensamento.
    Deixa acariciar seus cabelos,
    quero sentir o calor do seu corpo,
    quero permanecer ao seu redor.
    Estou com tanta saudade meu amor.
    Ah!Como eu gosto de você.

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  10. AMO

    Amo teu olhar
    teu trato
    teu halo.
    Amo teu ser.
    Repito, amo.
    Teu tato
    teu cheiro e
    esse teu jeito
    passioneiro
    de me querer.
    No ato
    te amo inteiro.

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  11. COBERTORES

    Dentro do inverno
    volumosos cobertores
    abafam gemidos.
    Leve arrulho fulgura
    no espaço das estrelas.
    Amealhados no escuro
    amantes habitam
    jardins imaginários.
    Amar é preciso.
    Deitam banhados e nus
    livres das asperezas
    do absurdo.

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  12. APARIÇÃO

    Embriago-me, Stephane, quando te vejo
    sorrindo chegar sob uma alameda
    de flores orvalhadas.
    O dia, para mim, se fará lindo!
    Em tuas mãos mal fechadas
    brilham elos de alianças douradas,
    compromisso ao anlace prometido.
    Apaixonada me adorno com tiara de cristal.
    De estrelas perfumadas será feita
    a veste nupcial.
    Certamente algum deus
    ouviu minhas preces.
    Vou ao encontro do abraço
    pois serei tua eternamente.
    E ao despertar desse sonho inacabado
    custo a entender o porquê
    dessa aparição que amiúde me procura.
    Adoça o coração, depois esmorece.
    O luar compadecido desce
    estende rendas sobre minha solidão.
    E teu volto tão amado
    entre brumas desaparece.
    .,.,..,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.

    Reportando-me a Stephane Mallarmé - poeta francês. 1842-1898

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  13. APARIÇÃO

    Embriago-me, Stephane, quando te vejo
    sorrindo chegar sob uma alameda
    de flores orvalhadas.
    O dia, para mim, se fará lindo!
    Em tuas mãos mal fechadas
    brilham elos de alianças douradas,
    compromisso ao anlace prometido.
    Apaixonada me adorno com tiara de cristal.
    De estrelas perfumadas será feita
    a veste nupcial.
    Certamente algum deus
    ouviu minhas preces.
    Vou ao encontro do abraço
    pois serei tua eternamente.
    E ao despertar desse sonho inacabado
    custo a entender o porquê
    dessa aparição que amiúde me procura.
    Adoça o coração, depois esmorece.
    O luar compadecido desce
    estende rendas sobre minha solidão.
    E teu volto tão amado
    entre brumas desaparece.
    .,.,..,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.

    Reportando-me a Stephane Mallarmé - poeta francês. 1842-1898

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  14. AMOR
    Encontros e Dsencontros
    O que seria de:

    Adão sem Eva; Tristão sem Isolda; Orfeu sem Eurídice;
    Ulísses sem Penélope; Romeu sem Julieta;
    Abelardo sem Heloíse; Bentinho sem Capitu;
    O Lobo Mau sem a Chapeuzinho Vermelho

    E eu sem você?

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  15. VALSA PARA CASEMIRO

    Ontem valsamos lascivos
    em salões de rosa-marfim.
    Macios nossos beijos e, sei,
    morrias de amores por mim.
    Inocentes brincávamos,
    felizes, contentes,
    corríamos e colhíamos
    com mãos de cetim
    macelo do campo.
    Tínhamos na pele louçã
    o perfume das rosas,
    bafejos puros,
    sopros de jasmim.
    O sorriso era liso
    em lábios cantantes.
    A vida era solta,
    sem idas e voltas
    pois cativos estávamos
    em casta preciosa.
    De miosótis e orvalho
    formamos um buquê
    para o enlace amante.
    Sem medo e sem pejo
    desconhecíamos intrigas,
    tampouco o feitiço
    dopecado carmim.
    Sobre nossa casa tão casta
    infiltrou-se a maldade
    e a dor do amor
    ceifou nosso sonho.
    Chegamos ao fim.
    Então tu fugiste
    sem pena de mim.

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  16. ENCONTRO

    Um eco ressoou aos seus ouvidos.
    O dia surgia
    num jeito de espargir a brisa
    no chão fértil da primavera.
    O coração visejou,
    aguçava os sentidos
    e celebrou o canto
    nas notas musicais do amor.
    Sobre a terra
    flores perfumosas nasceram.
    Completava-se o ciclo
    no rastro do sabor
    dos frutos amadurecidos.
    Ela estava pronta!
    E os astros, arautos da felicidade,
    festejaram o encontro.

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  17. FIGOS SUMARENTOS

    Precisas purificar a boca
    para resgatar tua inocência.
    Antes da palavra
    veste a roupagem da corola fresca
    sobre teus seior alvos
    e, nesse enleio, coloca
    sobre os cabelos
    uma tiara de espumas marinhas.
    Nas mãos um punhado de estrelas,
    nos lábios o sabor dos frutos da vinha
    e dos figos sumarentos
    derramados de mel.
    Sob a árvore escolhida
    ramalha-te lasciva
    e permita rescender de ti
    o perfume suave do lilás.
    Se tiveres vontade
    rabisca um poema
    em papel de seda,
    assim entenderás,
    dos golfinhos, a linguagem.
    Envolve-te na ramagem,
    contorno do corpo.
    Acende sem pejo
    o desejo do amor, aliás,
    aquele que te faz casta
    e deixa-te fertilizar.

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  18. BOAS FESTAS
    Que o seu claro horizonte
    Jamais se torne ilusão,
    A amizade se faça,
    Sendo amorável o beijo,
    De irmão para irmão.
    O abraço ocorra sincero,
    Forte, vibrante, audaz!
    E Cristo transforme-se em
    " Presente"
    Agora e no futuro,
    Com muita força de luz
    E outro tanto de Paz!

    São os votos da sempre amiga
    Ivanise Mantovani
    Boas Festas 2013/2014

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  19. O MURO

    Sempre à mesma hora
    andorinhas recortando os ares se recolhem
    e entristecem meu entardecer.
    Nesgas de azul-róseo colorem
    um céu em despedida.
    São ares de primavera!
    Aguardo o perfume da noite.
    Cerro os olhos para deslizar na saudade
    de pristinas eras.
    Quero encontrar a mesma canoa
    às margens do rio onde chorões
    de ramos vadios se deitam sobre águas serenas.
    Abandono ali meu chapéu de palha!
    Deito na grama forrada de trevos,
    açulo o delta
    onde brotam os desejos do corpo.
    Espero aquele homem incomum
    que inventei só para mim.
    Ele me faz uma seresta
    dedilhando seu bandolim.
    De um Delfim experimento as carícias.
    Quero aproximação,em vão!
    Ele é utopia.
    Eu, quimera.
    Estamos separamos por um muro
    entrelaçado de heras,
    enigma inda não decifrado
    neste meu solitário festim.

    Jan.2017 - im.

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  20. AMOR SECRETO

    Me pensa bonita
    Igual a uma rosa
    Que eu carinhosa
    Te festejarei.

    Serei delicada
    Também amorosa
    Sem ser teu entrave
    Só tua serei.

    Secreta e silente
    Lirismo e enleio
    Com todo o anseio
    Eu te amarei.

    im. 2018

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  21. EU

    Hoje abandono meus guardados
    sob a leve poeira de gavetas desfalecidas.
    Vermes devoram ali, poemas desgarrados.
    Penso em partir!
    Logo estou atravessando a Ponte dos Suspiros.
    Proposital é minha cegueira, tapam meus olhos.
    Não posso me ver sofrendo e pelo amor desamada.
    Com o pó das estrelas sufoco ouvidos,
    Não posso ouvir o macio arrulhar
    dos beijos negados aos lábios meus.
    Vedo a boca porque não quero sentir
    o sabor agridoce de gemidos ateus.
    Aspiro o perfume que há no ventre do luar.
    Sempre acirro temporais dentro de mim
    e provoco no meu corpo, tremores.
    Perco-me vácuo dessa aluvião e triste espero...
    Qual de nós dois revelará?
    Diz-tu-direi-eu?

    Out.2019 - im.

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