Pés descalços, ela veste maresia.
Escuta o mar enquanto o sol desmaia.
Depurados os dilemas, sobram-lhe tristezas.
Poderia se entregar à malícia do vinho,
no entanto,
prepara-se para respirar solidão.
É areia a carícia sob os pés desnudos.
Escada, vestíbulo. Agora ela e a lua
adentram à sala vazia.
ficaram marcas nas almofadas,
Uma foto rasgada, um vaso partido.
Num livro aberto jaz uma rosa
sobre um poema de Sully Prudhomme.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
AMANTES
Galopando madrugadas
no dorso dos vendavais,
auroras despetaladas
como nudez de vestais.
Segredos murmuram os ventos
na alvura nupcial
prenunciando adventos
de antegozos celestiais.
São amantes desenfreados
saciando seus desejos
falam mil coisas calados
na longa reza dos beijos.
no dorso dos vendavais,
auroras despetaladas
como nudez de vestais.
Segredos murmuram os ventos
na alvura nupcial
prenunciando adventos
de antegozos celestiais.
São amantes desenfreados
saciando seus desejos
falam mil coisas calados
na longa reza dos beijos.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
DECLARAÇÃO
Afundou na poltrona. Faces ruborizadas, olhos baixos. Recém completara treze anos. Era a primeira vez que confessava seu amor para uma mulher. Humilhado pensou em fuga, em morte. Não suportaria a ideia de viver sob o mesmo teto com ela, a futura madrasta.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
iviM1935: INVISÍVEIS
iviM1935: INVISÍVEIS: "Morro de medo dos ácaros que moram nos lençóis da minha solidão."
quarta-feira, 27 de abril de 2011
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